Santa Sé sugere à ONU desarmamento para conseguir a paz

20 de novembro de 2014, quinta Santa Sé sugere à ONU desarmamento para conseguir a paz

    A Santa Sede voltou a intervir no encontro anual dos Estados Partes na Convenção sobre proibições ou restrições do emprego de certas armas convencionais que possam considerar-se excessivamente nocivas ou de efeitos indiscriminados (CAC) da Organização Nacional das Nações Unidas (ONU).

Fê-lo através do Observador Permanente da Santa Sede, o Arcebispo Silvano Tomasi, no Escritório da ONU em Genebra. O representante do Vaticano apresentou três questões durante sua intervenção do 13 de novembro.

Em primeiro lugar falou do trabalho sobre os sistemas de armas letais autônomas e explicou que  “é necessário um enfoque global: cientista, jurídico, cultural, econômica, ético e humanitário” para o que “a Santa Sede expressou sua posição sobre a questão durante a reunião informal”.

O Prelado reiterou “nosso desejo de que o mandato relacionado com tais questões seja renovado tendo em conta a importância de manter um registo oficial das declarações, documentos, debates e discussões”.

A segunda questão foi o uso de armas explosivas em áreas povoadas e sobre isto se perguntou: “Como proteger à população civil se com a crescente urbanização da população mundial, a tendência das guerras urbanas aumentará?”.

Sobre este tema assegurou que os dados disponíveis recentes mostram como “os civis são as principais vítimas dos conflitos”. Resulta “difícil, e inclusive impossível, restaurar a paz e a reconstrução nacional”, afirmou ante a ONU.

O terceiro assunto que tratou o prelado ia referido ao uso de drones armados e pediu que a CAC trate o tema de maneira adequada já que “estamos assistindo a uma verdadeira proliferação desta tecnologia e a seu uso cada vez maior em vários conflitos... O fato de não defrontar aos problemas no momento adequado pode ter conseqüências desastrosas e convertê-las em situações intratables, como o demonstram as experiências em outras áreas\'”.

Mons. Tomasi adicionou que “a CAC ainda tem tempo para interessar-se pelos drones antes de que se convertam em outra fonte de grande instabilidade, enquanto a comunidade internacional precisa mais do que nunca a estabilidade, a cooperação e a paz”.