Propostas de experientes para fortalecer o casal e a família em todo mundo

20 de novembro de 2014, quinta Propostas de experientes para fortalecer o casal e a família em todo mundo

O Papa Francisco foi o encarregado de inaugurar a passada segunda-feira 17 “Humanum”, o colóquio internacional interreligioso sobre a complementaridade do homem e a mulher organizado pela Congregação para a Doutrina da Fé que finalizou hoje quarta-feira com a intervenção do Secretário desse dicasterio.

Em sua intervenção, o Pontífice explicou que “os meninos têm o direito a crescer numa família, com uma pai e uma mãe, capazes de criar um ambiente idóneo para seu desenvolvimento e sua maturação afetiva”.

No Congresso, no que participaram uns 350 acadêmicos, religiosos, e representantes da sociedade civil de 14 religiões e 23 países, alertou-se a respeito de que “é mais fácil sair de um casal do que sair de uma hipoteca” e se enumeraram uma série de medidas para paliar as rupturas matrimoniais.

Durante as jornadas de trabalho, tocaram-se diversos temas que afetam ao casal e a família. Denunciaram também a destruição atual à que se leva ao casal e as terríveis conseqüências para o conjunto da sociedade.

Também pediu aos políticos e dirigentes mais ajudas de proteção à família. Sobre este assunto, os participantes do Colóquio em ao Vaticano crêem que “o Estado deve promover e proteger o casal e impulsionar políticas públicas que incluam benefícios fiscais para quem se mantenham em ele”.

Segundo os numerosos experientes presentes em Roma, “a contracultura, supostos novos direitos e inclusive falsas idéias de autonomia e de igualdade de gênero provocaram a desarticulação do vínculo familiar e a promoção do divórcio”, o que gera um “sob nível nutricional e de aprendizagem escolar nos meninos, vícios, deserção escolar, engravido adolescente, violência, pobreza, problemas de conduta e depressão”.

“Existe uma destruição do contrato matrimonial e apesar de seus efeitos devastadores para com a sociedade não se faz nada para frear ou reverter essa situação. Não se trata de um assunto unicamente de particulares porque o que dana ao casal afeta a toda  a comunidade, por isso ‘a lei deve proteger’ este tipo de acordos ou relações contratuais do casal entre um homem e uma mulher”, pediram os participantes.

Por sua vez, Michael Nazir’Ali, bispo anglicano de Rochester e presidente do Oxford Center que tem estado presente estes dias em Roma, explicou que “segundo diversos estudos, as políticas públicas que protegem o casal heterossexual são positivas para os filhos menores de idade, a mulher  e para o casal em temas como a educação, a saúde física, afetiva e espiritual”.

Ademais, advogou pela criação de “uma doutrina pública” e de um “instituto sobre o casal” porque hoje “é mais fácil sair de um casal do que sair de uma hipoteca”.

Também sublinhou que “jovens e adolescentes ainda acreditam em o casal”, disse ao considerar que “a união entre pessoas do mesmo sexo não podem ser chamadas casal, é  uma categoria completamente diferente”.

“É um erro de categoria o pensar que estas relações poderiam ser consideradas ‘casais’. O casal reveste uma categoria especial, o que devemos reforçar é o direito natural do casal”, remarcou no novo Sala de aula do Sínodo.

Sobre as medidas que os governos poderiam tomar para proteger a família, Nazir’Ali destacou: “em primeiro lugar, os casais e casais com família deveriam receber isenções fiscais porque têm a responsabilidade da vida marital e familiar; também se deve apoiar aos meninos, porque é um problema em Europa o que a gente não tenha filhos ainda casados, precisamos um sistema para ajudar aos menores”.

Também sugeriu que se lhe dê um apoio a quem “participa ao cem por cento na criação dos filhos, usualmente a mãe, que decide ficar com os filhos em casa e precisam transferir privilégios fiscais a seu cônjuge para a educação e criação dos menores”.