Papa Francisco: todos são chamados a ser discípulos e missionários

15 de janeiro de 2014, quarta Papa Francisco: todos são chamados a ser discípulos e missionários

Mais uma quarta-feira, os fiéis reunidos na Praça de São Pedro, à espera do Santo Padre, cantavam e agitavam suas bandeiras. Francisco chegou depois das 9:30 no Jeep branco e dedicou meia hora para saudar os peregrinos de todo o mundo. Como de costume, os protagonistas deste tour foram as crianças, que nos braços dos seguranças são elevados para receber a bênção do Papa. Alguns choram e outros permanecem quase imóveis, mas todos recebem o carinho do Pontífice argentino.

O frio do inverno continua acompanhando o público das audiências de quarta-feira que, por causa da multidão que se reúne a cada semana, ainda é celebrada na Praça e não na Sala Paulo VI, como era de costume nesta época do ano. Os fiéis protegidos com cachecóis, luvas e chapéus, escutam atentamente a catequese do Papa que, esta semana, deu continuidade à da semana passada sobre o Sacramento do Batismo.

Com estas palavras em português o Papa resumiu a catequese desta quarta-feira:

O batismo faz de nós membros do Corpo de Cristo e do Povo de Deus. Como de geração em geração se transmite a vida, também de geração em geração, através da fonte batismal, se transmite a graça e, com esta graça, o Povo cristão caminha no tempo como um rio que irriga a terra e espalha pelo mundo a Bênção de Deus. A fé cristã nasce e vive na Igreja. Somos comunidade de crentes e, na comunidade, experimentamos a beleza de partilhar a experiência de um amor que precede a nós todos, mas, ao mesmo tempo, pede para sermos, uns para os outros, “canais” da graça, apesar das nossas limitações e pecados. Ninguém se salva sozinho. A dimensão comunitária não é uma espécie de moldura, mas parte integrante da vida cristã, do testemunho e da evangelização. Temos um exemplo disso na comunidade cristã do Japão: no início do século dezessete, abateu-se sobre ela a perseguição, vendo-se então privada de sacerdotes e forçada a viver na clandestinidade. Quando dois séculos e meio depois, voltou a gozar de liberdade, aquela Igreja local apareceu formada por milhares de cristãos; eles tinham mantido, mesmo em segredo, um forte espírito comunitário, porque o batismo lhes tinha feito um só corpo em Cristo.

Por fim, o Papa Francisco dirigiu a seguinte saudação aos peregrinos de língua portuguesa:

Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa, presentes nesta Audiência, especialmente aos grupos vindos do Brasil. Queridos amigos, todos os batizados estão chamados a ser discípulos missionários, vivendo e transmitindo a comunhão com Deus, transmitindo a fé. Em todas as circunstâncias, procurai oferecer um testemunho alegre da vossa fé. Que Deus vos abençoe!

(MEM)