O amor de Deus por quem está perdido é a alegria da misericórdia

08 de novembro de 2013, sexta O amor de Deus por quem está perdido é a alegria da misericórdia

Na missa desta quinta-feira na Casa de Santa Marta, o Papa Francisco comentou as parábolas da ovelha e da moeda perdidas.

O Pontífice refletiu sobre a atitude dos fariseus que se escandalizavam com as coisas que Jesus fazia e murmuravam contra Ele dizendo: ‘Este homem é um perigo, come com os publicanos e os pecadores, ofende Deus’. Aos murmúrios, Jesus responde com uma parábola:

“Aos murmúrios, Ele responde com uma parábola cheia de alegria...’vós escandalizais-vos disto, mas o meu Pai alegra-se’. Esta é a mensagem mais profunda: a alegria de Deus, que é um Deus que não gosta de perder, não é um bom perdedor e, para não perder, sai de si e vai à procura. É um Deus que procura todos aqueles que estão afastados Dele. Como o pastor que vai à procura da ovelha perdida.”

“Ele não tolera perder um dos seus. Mas esta será também a oração de Jesus, na Quinta-Feira Santa: ’Pai, que não se perca nenhum daqueles que tu me deste’. É um Deus que caminha para procurar-nos e tem uma predileção de amor por aqueles que mais se afastaram, que se perderam...Vai e procura-os. E como é que os procura? Procura-os até ao fim, como este pastor que vai na escuridão, procurando até encontrar; ou como a mulher que quando perde a moeda acende uma lâmpada, limpa a casa e procura-a cuidadosamente. É assim que Deus procura.”

E quando encontramos a ovelha que andava perdida e a colocamos junto das outras – explica o Papa Francisco – ninguém lhe pode dizer: ‘Tu estavas perdida’, mas deve dizer: ‘tu és uma de nós’ para que volte a ganhar a dignidade. Deus coloca tudo nos seus lugares e quando faz isto – diz o Santo Padre – é um Deus que se alegra:

“A alegria de Deus não é a morte do pecador, mas a sua vida: é a alegria. Como estavam longe estas pessoas que murmuravam contra Jesus, estavam longe do coração de Deus! Não o conheciam. Acreditavam que ser religiosos, que ser boas pessoas fosse andar sempre bem e ser educado. Esta é a hipocrisia de murmurar. Ao contrário, a alegria do Pai é aquela do Amor: ama-nos. ‘Mas eu sou pecador, fiz isto, isto e aquilo...’ Mas eu amo-te assim mesmo e vou procurar-te e levo-te para casa. Este é o nosso Pai.”

(RS)