Novo Secretário de Estado Vaticano espera contagiar-se da alegria e singeleza do Papa

03 de outubro de 2013, quinta Novo Secretário de Estado Vaticano espera contagiar-se da alegria e singeleza do Papa

O até agora Nuncio Apostólico de Venezuela e, a partir do 15 de outubro, novo Secretário de Estado do Vaticano, Monsenhor Pietro Parolin, assegurou que espera contagiar-se durante o desempenho de seu cargo de "a alegria" e o "espírito de singeleza" do Papa Francisco.

"Me corresponderá ajudar ao Papa. Impressiona-me que ele leve seu ônus com muita alegria e eu espero que me contagie essa alegria, esse espírito de singeleza. Sobretudo espero contagiar-me, porque realmente o admiro, de sua espiritualidade, da relação que tem com Deus", afirma numa entrevista concedida à revista Mundo Cristão.

Ademais, assinala que, depois de estar "tão imerso" na realidade de Venezuela, agora terá que se empapar de todos os assuntos, pôr-se "ao dia" sobre aquilo que quer fazer o Papa como reformar a Curia.

"O Papa, como já se sabe, quer reformar a Curia, os organismos vaticanos. Já deu o mandato ao grupo dos oito cardeais, que são experientes em diferentes matérias. Pretende reformar a estrutura do governo da Igreja, através do trabalho desta comissão. Eu me ponho ante Deus. O Senhor fala através da história. Ele dirá o que temos que fazer", adiciona.

Monsenhor Parolin assegura que quando o Papa lhe pediu que fosse seu Secretário de Estado, foi "uma grande surpresa" pois ainda que se baralhava seu nome para algum cargo na Secretaria de Estado, não pensava "nunca" que fora "uma nomeação deste nível", de "muita responsabilidade".

Perguntado pelo labor do Papa em favor da paz em Síria, Parolin destaca que o Papa Francisco deu "um empuxo muito forte" à paz, pondo "todos os meios da Igreja a favor da paz" e "empurrando à diplomacia vaticana a dar tudo pela paz".

"Esta é a justificativa do fato de que a Igreja católica tenha presença deste tipo a nível internacional", sublinha.

Finalmente, destaca que a Igreja "sempre" caminhou na mesma direção ainda que admite que agora vê "algo fresco, espontaneidade". Nesta linha, recorda que a Igreja existe "em função do mundo" e deve serví-lo "com sua própria identidade".