Estudo revela como são os filhos adotados por homossexuais?

26 de maro de 2015, quinta Estudo revela como são os filhos adotados por homossexuais?

A idéia de alguns de que os filhos de casais do mesmo sexo podem ser igualmente criados que se tivessem pai e mãe, poderia ser errada segundo assinalam os resultados de recentes estudos dados a conhecer em Estados Unidos.

O experiente da Universidade de Princeton, o professor John B. Londregan, que reuniu os estudos num livro seu de recente publicação, afirma que “a Associação Americana de Psicologia declarou que não há diferenças na capacidade de paternidade dos casais do mesmo sexo em comparação aos casais heterossexuais casadas”.

Em declarações a CNA –agência em inglês do grupo ACI– o catedrático explica no entanto, que “esta afirmação se baseia essencialmente na evidência de estudos que usam pequenas ‘mostras de conveniência’ o que distorce o efeito da investigação e leva a uma mensagem errada ao debate público”.

O livro de Londregan, que ensina política e assuntos internacionais em Princeton, titula-se “Não Differences? How Children in Same-Sex Households Fare” (Não há diferenças? Como se comportam os meninos em lares do mesmo sexo?)

Publicada pelo Instituto Witherspoon, cuja sede se localiza no campus de Princeton em Nova Jersey, os estudos citados no livro mostram algumas diferenças estatísticas entre os meninos criados por pais homossexuais e os meninos criados por pais heterossexuais.

Por exemplo, os filhos criados em lares homossexuais tendem a ter os mesmo problemas que os filhos de mães solteiras como o desemprego, o abandono escolar e o consumo de drogas.

Londregan considera que a “relativa instabilidade” dos casais homossexuais comparada com a dos pais heterossexuais poderia ser o fator primário nas coisas que vão conseguindo os filhos.

Também explicou que nas investigações há dificuldades para obter bons resultados porque há poucos pais do mesmo sexo que críen filhos. O pesquisador analisou um grande número de pessoas para chegar essa conclusão, indica.

Alguns dos trabalhos do livro mostram análises realizadas pelos autores, enquanto outros examinam a verosimilitude de alguns estudos sobre a estrutura familiar, especialmente os relacionados à capacidade de criação dos casais do mesmo sexo.

Um dos textos, escrito por Loren Marks, especializada em estudos sobre a família na Universidade Estatal de Lousiana, centra-se na postura da Associação Americana de Psicologia, quem assinalam que a criação dos pais homossexuais é tão efetiva como a dos casais heterossexuais.

Marks descobriu que muitos dos estudos enfocados na criação por pais do mesmo sexo utilizam mostras pequenas de só uma ou duas dúzias de casais homossexuais e outra com um número similar de casais heterossexuais. Desse modo o tamanho da mostra não constitui uma população representativa e ocasiona uma distorção na análise estatística.

Many of the small studies fail to use a sufficient comparison group of heterossexual parents or compare “educated and affluent lesbian couples to single heterossexual parents,” Londregan said.

Muitos dos pequenos estudos falham ao utilizar um grupo suficiente de comparação de pais heterossexuais ou ao comparar “muitos casais de lesbianas com educação com progenitores de diferente sexo que estão solteiros”, comentou Londregan.

O sociólogo de Stanford, Mark Rosenfeld, analisou  as cifras de um censo realizado no ano 2000 e indicou que não há diferenças nos resultados entre os filhos criados por pais homossexuais e aqueles criados em famílias heterossexuais.

Rosenfeld argumentou que devem separar-se em dois grupos os dados sobre os meninos adotados com os meninos que mudam constantemente de casas de acolhida. Em primeiro lugar porque indicam a instabilidade da família e porque os casais do mesmo sexo tendem a adotar meninos com problemas.

No entanto, esta aproximação nega a possibilidade de que a instabilidade familiar seja “um mecanismo importante pelo qual os filhos de pais do mesmo sexo possam resultar pior do que aqueles com pais casados heterossexuais”, indica Londregan.

Outro estudo assinala que as mães do mesmo sexo têm mais duas vezes possibilidades de terminar sua relação em comparação aos pais heterossexuais casados.

O pesquisador Douglas Allen, revisando informação do censo de Canadá de 2006, encontrou que os garotos na parte final da adolescência e que foram criados por lesbianas concluem a secundária quase na mesma taxa que os criados por mães solteiras, da mesma forma que os filhos criados por um casal de gays concluem a secundária na mesma taxa que os criados por homens solteiros. Estes são “déficits significativos” em comparação aos filhos criados por um homem e uma mulher.

Allen também descobriu que as filhas criadas por lares do mesmo sexo resultam pior do que os filhos, uma disparidade não evidente em outra estrutura familiar que ele estudou.

Outro estudo se refere depois à investigação feita pelo sociólogo da Universidade de Texas, Mark Regnerus de 2012, que se realizou com mais de 15 mil jovens e jovens adultos para analisar sua meninice, identificando se seus pais tinham tido ou não uma relação com alguém do mesmo sexo.

A investigação encontrou diferenças “estatisticamente significativas” em 25 de cada 40 resultados entre os filhos adultos de pais heterossexuais e os filhos adultos de mães que tiveram alguma vez relaciones com pessoas do mesmo sexo. O estudo foi muito criticado pelo lobblobby LGTB, que se queixou formalmente ante a Universidade, algo que a Casa de Estudos recusou.