É pecado ser viciado em celular?
01 de abril de 2025, tera
Ao ler este artigo, provavelmente em seu telefone celular, já parou para pensar em quanto tempo você passa nele e se isso está impactando sua vida de forma negativa?
Quando o smartphone foi lançado, ele trouxe uma onda de entusiasmo e admiração. Era visto como uma ferramenta revolucionária, capaz de transformar o mundo, facilitando o cotidiano e proporcionando maior felicidade. Embora muitos ainda compartilhem dessa visão otimista, cresce o número de pessoas que reconhecem os efeitos colaterais negativos do uso excessivo do dispositivo.
O Smartphone e Seu Potencial Viciador
Os smartphones são altamente viciantes, tornando-se difícil para muitos de nós ficarmos longe deles por mais de alguns segundos. O aparelho se tornou um companheiro inseparável, nos acompanhando em todos os lugares, inclusive em momentos de privacidade como no banheiro. Mas será que essa dependência constante do smartphone pode ser prejudicial do ponto de vista espiritual?
Muitos podem argumentar que se trata apenas de "diversão e jogos", mas até que ponto essa diversão se torna prejudicial?
Reflexão Espiritual: O Equilíbrio no Uso do Tempo
O uso do smartphone pode ser visto como uma forma de entretenimento, repleto de aplicativos que proporcionam uma pausa do mundo ao nosso redor. Entretanto, quando esse uso se torna excessivo, pode acabar nos prejudicando.
São Francisco de Sales, em sua obra *Introdução à Vida Devota*, alerta para os perigos de dedicar tempo excessivo às diversões:
"Deve-se evitar excessos, seja no tempo que lhes é dado, seja na quantidade de interesse que absorvem; pois se muito tempo for dedicado a essas coisas, elas deixam de ser uma recreação e se tornam uma ocupação; e longe de descansar e restaurar a mente ou o corpo, elas têm precisamente o efeito contrário".
Ele também nos adverte sobre o perigo de entregar nosso coração a essas diversões:
"Mas, acima de tudo, tome cuidado para não colocar seu coração em qualquer uma dessas coisas, pois por mais lícita que seja uma diversão, é errado entregar o coração a ela. Não que eu não queira que você tenha prazer no que está fazendo - não fosse outra recreação - mas eu não gostaria que você se envolvesse nisso, ou se tornasse ansioso ou apaixonado por qualquer uma dessas coisas".
Diante dessas palavras, devemos nos questionar: nosso smartphone tem o nosso coração? Ele nos distrai do cumprimento de nossos deveres no trabalho ou em casa? Preferimos estar conectados ao telefone ou estar presentes em momentos importantes, como a missa no domingo?
Um Convite à Reflexão e ao Discernimento
Deus não nos deu um mandamento direto sobre o uso do smartphone, mas nos concedeu a faculdade da razão e a orientação da Igreja para discernirmos nossas escolhas. Caso perceba que sua relação com o smartphone está prejudicando sua vida espiritual e cotidiana, busque orientação. Na próxima confissão, compartilhe essa preocupação com o sacerdote. Ele poderá ajudar a avaliar se esse uso excessivo está se tornando um obstáculo na sua caminhada de fé e se há necessidade de uma mudança de hábitos.
O uso do smartphone, como qualquer outra ferramenta, deve estar sob nosso controle e não nos dominar. O equilíbrio é essencial para garantir que nossa atenção esteja voltada para o que realmente importa em nossa vida.
Fonte: Aleteia
https://pt.aleteia.org
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