Convivência sem casal destrói a família, alerta autoridade vaticana
01 de novembro de 2013, sextaO Pontifício Conselho para a Família celebrou o encontro de reflexão “Novos horizontes antropológicos e direitos da família e de seus membros” para analisar as ameaças que conduzem à destruição da família, entre as que destacaram a convivência sem o casal.
Durante a primeira sessão, o Presidente do dicasterio, Mons. Vincenzo Paglia, inaugurou as sessões com uma conferência titulada “Visões, desafios, perspectivas e programa de trabalho do Pontifício Conselho para a Família” na que denunciou a situação na que se encontra a família atualmente. “A individualização da sociedade, o qual leva, por exemplo, faz-se preferir a convivência ao casal”, lamentou.
“É uma situação paradóxica na que vive a família atualmente, já que por um lado se atribui um grande valor aos vínculos familiares e pelo outro se converte na encruzilhada de todas as fragilidades”, adicionou.
O Secretário do Pontifício Conselho para a Família, Mons. Jean Laffitte, falou sobre os “Fundamentos teológicos e antropológicos da Carta dos Direitos da Família”.
Mons. Laffitte abordou a Carta dos Direitos da Família de 1983 do Beato JOÃO PAULO II e assinalou que os motivos que levaram a publicá-la foram as ameaças que já então se cernían sobre esta instituição.
“Ameaças que nestes trinta anos se fizeram realidades e se acrecentaram”, disse.
Depois interveio o filósofo e jurista espanhol Andrés Ollero sobre “O casal natural”, e sua alocução lamentou o ocaso do "direito natural” reivindicando sua existência “como um mínimo ético, indispensável para garantir suficientemente uma convivência que mereça considerar-se humana”.
Ademais, sublinhou que o casal é uma instituição “de direito natural, e juridicamente relevante por natureza”.
Por sua vez, a norteamericana Teresa S. Collett, professora de Direito de Família na Universidade San Tomás, em Minnesota (Estados Unidos), explicou “a missão do estado no reconhecimento do casal”.
Depois de aclarar os conceitos “estado”, “reconhecimento” e “casal”, a professora Collett recordou que o artigo 16 da Declaração Universal dos Direitos Humanos reconhece ao casal como um direito e o define como a união entre um homem e uma mulher dirigida a formar uma família.
Por último, ressaltou a relação histórica existente entre o reconhecimento legal do casal e a necessária proteção dos filhos tidos na união entre homem e mulher.
O professor Carl Anderson, presidente dos Cavaleiros de Colón, falou sobre “A Carta dos Direitos da Família e a cultura contemporânea”, e afirmou que “a família está no centro do encontro do cristianismo com a evangelização da cultura contemporânea”.
A plenária culminou o 25 de outubro em ao Vaticano, com um discurso do Papa Francisco, no que animou ao dicasterio a defender a família e recordou que está baseada “no casal para sempre”.
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