Como se vive o tempo de Natal na Paróquia do Papa Francisco, confira

22 de dezembro de 2013, domingo Como se vive o tempo de Natal na Paróquia do Papa Francisco, confira

Com a chegada do Natal, a paróquia de Santa Ana do Vaticano –mais conhecida como a paróquia do Papa-, trabalha sem descanso para ajudar aos mais precisados. Esta igreja situada nos confines do estado do Vaticano, recebe cada dia a visita numerosos fiéis de todo mundo para pedir ajuda e perguntar pelo Santo Pai.

A paróquia trabalha a diário com Caritas, e cada semana serve de ponte entre aqueles que querem oferecer sua caridade e os que mais a precisam. Nestas datas, por Natal, os paroquianos coletam alimentos que serão repartidos entre os mais pobres.

Como diz seu simpático pároco, o Pai Bruno Silvestrini, a paróquia de Santa Ana se converteu “na porta do mundo que é, a cidade do Vaticano”.

Numa entrevista concedida a EWTN Notícias, o P. Silvestrini explica que longe do que muitos pensam, a Basílica de San Pedro não é a paróquia do Papa Francisco, senão a igreja de Santa Ana.

“Esta é a paróquia do Santo Pai, é a paróquia do Palácio Apostólico e também da Casa Santa Marta, onde se encontra o Papa Francisco e todos estamos em comunhão e conhecem de minha atividade pastoral, como encontro às pessoas tanto a caridade como para o anúncio da palavra, a evangelização ao partir o pão da palavra e da Eucaristia, o dom da caridade a todas as pessoas que vêm chamar a esta porta”, diz.

O P. Silvestrini, da ordem dos Agustinos, assegura que desde que o Papa Francisco começou seu ministério petrino, a paróquia de Santa Ana, redobrou a presença dos fiéis na celebração da Santa Missa, nas confissões, bem como nas iniciativas.

“Todos os fiéis vêm aqui a perguntar: Quando vem o Santo Pai? Quando poderemos saudá-lo? Porque o Papa Francisco é muito amado e seguido pelos fiéis que vêm a esta igreja. Pobres de todo mundo vêm chamar à porta, são pessoas que perderam tudo e que não têm casa, ou que não conseguem chegar a fim de mês e vêm pedir uma ajuda. Assim que trabalhamos muito e fazemos mil iniciativas. Escutamos-lhes e lhes dirigimos para uma solução”, conta.

O pároco assinala que entre os fiéis que chamam a sua porta há histórias que verdadeiramente rasgam o alma, especialmente quando o que precisa a ajuda sofre de alguma doença que precisa um seguimento médico aprofundado e custoso. Também recebem a muitas mães engravidas que, com lágrimas nos olhos, pedem conselho espiritual, ou uma ajuda para trazer a seus filhos ao mundo.

Estas difíceis histórias marcaram sua alma, mas tem uma pócima especial que lhe ajuda a recuperar as energias: “Este trabalho realmente me cansa, mas nunca deixei de dedicar muito tempo à espiritualidade, a oração da manhã, a tarde, a Eucaristia, a meditação pessoal, o Rosário, e esses são elementos fundamentais que me dão a força para encontrar no Senhor, no Evangelho, na leitura da Palavra do Senhor, e na Eucaristia, a energia necessária”, diz.

“Eu não sou um sacerdote que tenha decidido fazer este trabalho, senão que fui chamado pelo Senhor à Igreja para que saiba dar-me aos demais. Em todas as situações, com todas as pessoas que vêm, me esforço por ser sorridente e dar uma mão na medida do possível, e procuro sempre encontrar no Senhor a força para estar cheio de energia e alegria, porque o Senhor é a primavera que me dá as energias para esforçar-me e tentar ser um bom sacerdote”, assegura.

O 17 de março, aos quatro dias do início de seu Pontificado, o Papa Francisco celebrou Missa na paróquia de Santa Ana. “Para nós –prosseguiu o sacerdote-, foi uma surpresa imensa. O Papa quis vir em seguida a encontrar ao pároco e aos fiéis desta paróquia, aos catequistas, aos meninos de catequesis, às famílias, aos grupos paroquiais. ENCONTROU-OS a todos e foi uma grande alegria porque trouxe entre nós este imenso e caloroso abraço que foi o anúncio de que o Senhor não se cansa nunca de ser um Pai que perdoa”.

“Aquela manhã me reuni com o Papa umas dez vezes seguidas para prepará-lo tudo, e todas as vezes me pediu que rezasse por ele: ‘Reze por mim Pai, reze por mim, dedique-me sua oração porque o preciso muito’, dizia. Foi um momento muito importante, senti a respiração do Papa que pedia com todas suas forças que não o deixassem só, e eu se o prometi, e esta promessa se alongou a toda minha paróquia, que nunca o deixarei só e o acompanharei sempre”, concluiu.

A paróquia pontifícia foi fundada no ano 1929 pelo Papa Pío XI e foi posta a cargo dos monges Agustinos. Desde então, todos os Papas passaram pela paróquia nos primeiros dias de seu mandato, desde o Papa Pio XI, Juan XXIII, Pablo VI, JOÃO PAULO II, Papa Benedicto XVI e por suposto, pelo Papa Francisco.