A família se funda no casal para sempre, diz o Papa

26 de outubro de 2013, sbado A família se funda no casal para sempre, diz o Papa

Ao receber esta manhã aos participantes da 21º Assembléia Plenária do Pontifício Conselho para a Família, o Papa Francisco explicou que a família se funda no casal para sempre e é o âmbito natural da vida humana em onde as pessoas aprendem a amar.

Em seu discurso, o Santo Pai disse que “a família se funda no casal. Através de um ato de amor livre e fiel, os esposos cristãos atestam que o casal, quanto sacramento, é a base na que se funda a família e faz mais sólida a união dos cônjuges e sua entrega recíproca. O amor conjugal e familiar também revela claramente a vocação da pessoa de amar de forma única e para sempre e de que as provas, os sacrifícios e as crises do casal, como da mesma família, representam passagens para crescer no bem na verdade e a beleza”.

Tudo isto, disse o Papa, “é uma experiência de fé em Deus e de confiança recíproca, de liberdade profunda, de santidade, porque a santidade pressupõe entregar-se com fidelidade e sacrifício todos os dias da vida”.

”A família é uma comunidade de vida que tem uma consistência autônoma...Não é a soma das pessoas que a constituem, senão uma comunidade de pessoas”, indicou Francisco, citando as palavras do Beato JOÃO PAULO II na exhortación apostólica “Familiaris consortio”- ao receber esta manhã aos participantes na XXI assembléia plenária do Pontifício Conselho para a Família, em curso estes dias em Roma.

A família,prosseguiu o Pontífice, é “o lugar onde se aprende a amar; o centro natural da vida humana...Cada um de nós constrói sua personalidade na família... ali se aprende a arte do diálogo e da comunicação interpessoal”. Por isso “a comunidade-família deve reconhecer-se como tal, ainda mais no dia de hoje, quando predomina a tutela dos direitos individuais”.

O Santo Pai sublinhou, a seguir, duas fases da vida familiar: a infância e a velhice, recordando que “ os meninos e os anciãos são os dois pólos da vida e também os mais vulneráveis e, com freqüência, os mais esquecidos. Uma sociedade que abandona aos meninos e margina aos anciãos arranca suas raízes e ensombra seu futuro”.

“Cada vez que se abandona a um menino e se deixa de lado a um ancião, não só se comete uma injustiça, senão que se sanciona o fracasso dessa sociedade. Prestar atendimento aos pequenos e aos anciãos denota civilização”.

Nesse sentido o Papa reconheceu que se alegra de que o Pontifício Conselho tenha cunhado uma imagem nova da família que representa a cena da Apresentação de Jesús no templo, com María e José que levam ao Menino, para cumprir a Lei, e os dois anciãos, Simeón e Ana que, movidos pelo Espírito Santo, acolhem-no como o Salvador e cujo lema é: “De geração em geração se estende sua misericórdia”.

“A 'boa nova' da família é uma parte muito importante da evangelização, que os cristãos podem comunicar a todos com o depoimento de suas vidas: já o fazem, é evidente nas sociedades secularizadas”.

“Proponhamos por tanto a todos, com respeito e valentia, a beleza do casal e da família alumiados pelo Evangelho. E por isso nos acercamos com atendimento e afeto às famílias que atravessam por dificuldades, às que se vêem obrigadas a deixar sua terra, que estão divididas, que não têm casa nem trabalho, ou que sofrem por tantos motivos; aos cônjuges em crises e aos que estão separados. Queremos estar cerca de todos”.