Sacerdote pede supressão de Parada LGBT na cidade de Anápolis

O Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, sacerdote da diocese de Anápolis, cidade próxima à capital federal do Brasil, iniciou uma campanha de coleta de assinaturas via internet com a finalidade de conscientizar sobre a marcha LGBT que será realizada em sua cidade no próximo domingo, 23 de agosto.

\"Que pretende o Poder Público? Que os transeuntes da cidade, incluindo crianças e adolescentes, sejam, no dia 23 de agosto, agredidos mais uma vez por um festival de obscenidades? Que a cidade seja obrigada a tolerar uma marcha de homens e mulheres frivolamente vestidos, beijando publicamente pessoas do mesmo sexo, falando palavrões e ostentando faixas e cartazes contra os símbolos religiosos?\", afirma o padre Lodi.

Publicamos abaixo a carta aberta, dirigida ao prefeito de Anápolis, que o sacerdote publicou no site da fundação Citizengo. Veja a petição aqui.

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Excelentíssimo Prefeito de Anápolis

Sr. João Batista Gomes Pinto

Está sendo amplamente divulgado pelas redes sociais que no domingo, dia 23 de agosto deste ano 2015, será realizada a “10ª Parada do Orgulho LGBT de Anápolis”, patrocinada com o dinheiro público.

Ora, nada é mais contrário à índole do povo desta cidade do que uma passeata de exaltação dos atos homossexuais. Note-se que em Anápolis nem sequer há carnaval de rua nos dias que precedem a Quaresma. Os festejos carnavalescos ficam restritos a ginásios de esportes onde o povo se reúne sobretudo para orar e louvar a Deus. Nunca houve em nosso município, como há em tantos outros, um dia especialmente dedicado à embriaguez, à orgia e à devassidão.

Por que razão as autoridades públicas insistem, já por dez anos, em afrontar a população com uma marcha de pessoas que se “orgulham” de praticar o vício contra a natureza? Não se diga que o objetivo da marcha é defender os homossexuais. Não se defende um pecador exaltando o seu pecado. Jesus, ao defender a mulher adúltera do apedrejamento, terminou dizendo de maneira lapidar: “Vai, e de agora em diante não peques mais” (Jo 8,11).

Se os homossexuais precisam de ajuda, ajudemo-los inicialmente mostrando a gravidade do seu pecado, depois, oferecendo-lhes ajuda espiritual para sua reconciliação com Deus, com a sociedade e consigo mesmos. Não é cristão incitar o pecador a orgulhar-se de seu pecado, nem obrigar o povo curvar-se diante de práticas pecaminosas.

Que pretende o Poder Público? Que os transeuntes da cidade, incluindo crianças e adolescentes, sejam, no dia 23 de agosto, agredidos mais uma vez por um festival de obscenidades? Que a cidade seja obrigada a tolerar uma marcha de homens e mulheres frivolamente vestidos, beijando publicamente pessoas do mesmo sexo, falando palavrões e ostentando faixas e cartazes contra os símbolos religiosos?

Diante da grave crise financeira por que passa o país, o Estado, que não consegue sequer dar assistência à saúde dos cidadãos, terá dinheiro disponível para promover a degradação da família?

Onde fica o respeito aos valores religiosos da população, majoritariamente cristã, que considera o homossexualismo uma “paixão aviltante”, uma “torpeza”, uma “aberração” (cf. Rm 1,26-27), um pecado que “clama aos céus” (cf. Gn 18,20-21)? Será que a Palavra de Deus pode ser acusada de preconceito?

Pelos motivos acima expostos solicitamos a Vossas Excelências a supressão da “10ª Parada do Orgulho LGBT de Anápolis”. A família anapolina agradece.