2012: Catastrofismo e fim dos tempos é o título do ensaio de Riccardo Cascioli e Antonio Gaspari, recém-traduzido ao polonês pela editora Santo Estanislau, de Cracóvia.
Os autores abordam as controvérsias sobre o fim do mundo e o catastrofismo do tema, a partir de um ponto de vista cristão. Riccardo Cascioli, jornalista do periódico italiano Avvenire e diretor da agênciaSviluppo e Popolazione (Svipop), e Antonio Gaspari, diretor de ZENIT e coordenador científico do Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade Europeia de Roma, não acreditam que 21 de dezembro de 2012 represente o prazo final de validade dos humanos.
O dia 21 de dezembro deste ano é visto por muitos como uma data sem retorno. Mas, de acordo com os autores deste interessante livro, não é preciso ter medo de que o planeta seja atingido por um asteróide gigante nem que a Terra pare de girar, ou que haja uma inversão magnética dos polos com dramáticas mudanças no clima. Riccardo Cascioli e Antonio Gaspari analisam algumas previsões do povo maia e comentam a visão catastrófica do mundo.
Em seguida, com clareza científica, comparam entre si as ideologias relacionadas com o fim do mundo. Cascioli e Gaspari expõem as raízes culturais do catastrofismo, mas também as suas raízes religiosas, situadas na visão negativa e pessimista do homem que foi introduzida na sociedade pelo protestantismo. Os autores desmontam as novas "teorias" catastrofistas com dados científicos reais, analisando as grandes ansiedades do início do milênio.
Da leitura de 2012: Catastrofismo e fim dos tempos, entendemos que o fim do mundo é um tema tão antigo quanto o próprio mundo, que periodicamente volta à tona e que não tem nenhuma evidência científica real. Segundo os autores, o catastrofismo é a verdadeira doença do terceiro milênio. Para Cascioli e Gaspari, o catastrofismo do terceiro milênio cria uma "fábrica de medos", cujo antídoto é um retorno à experiência cristã, ao trabalho de todos para construir um mundo melhor e mais digno do homem.
O livro é bem documentado e pode servir para o conhecimento realista do nosso tempo. Ele nos ajuda a reler os "sinais dos tempos" para voltar à experiência cristã, com o devido distanciamento da postura catastrofista difundida pela mídia de todo o mundo, inclusive na católica Polônia.
Pe. Mariusz Frukacz
fonte: ZENIT