O Papa Francisco acolheu, nesta quarta-feira, (11), o pedido de renúncia de dom José Antonio Aparecido Tosi Marques como arcebispo de Fortaleza (CE) em razão de ter completado 75 anos, conforme previsto no Direito Canônico. No mesmo ato, o Santo Padre nomeou dom Gregório Ben Lâmed Paixão, atualmente bispo de Petrópolis (RJ), como arcebispo para a arquidiocese de Fortaleza.
A CNBB enviou agradecimento a dom José Antonio Aparecido Tosi Marques e saudação a dom Gregório Paixão pela nova missão que lhe foi conferida.
Trajetória eclesial de dom Gregório Paixão
Dom Gregório nasceu em Aracaju, Sergipe, em 03 de novembro de 1964. Seus estudos de Filosofia e Teologia foram feitos na Escola da Congregação Beneditina do Brasil entre os anos de 1987 e 1992. Foi ordenado presbítero em 21 de março de 1993 na cidade de Salvador (BA) onde treze anos mais tarde foi nomeado bispo auxiliar daquela arquidiocese pelo Papa Bento XVI. Sua ordenação episcopal aconteceu em 29 de julho de 2006 e desde o dia 10 de outubro de 2012 é o bispo da diocese de Petrópolis (RJ).
Antes do episcopado, dom Gregório lecionou diversas disciplinas na faculdade São Bento na Bahia e ministrou cursos ligados à área de Antropologia, Sociologia e Teologia em diversas universidades brasileiras. No Mosteiro de São Bento da Bahia, exerceu quase todos os ofícios monásticos. Foi diretor do Colégio São Bento (2000-2005) e da Faculdade São Bento da Bahia (2005-2006). Também dirigiu a Revista Análise e Síntese (2002-2006). É doutor em Antropologia Cultural pela Universidade Aberta de Amsterdã, nos Países Baixos.
Já como bispo, realizou os seguintes serviços: bispo auxiliar de Salvador (BA), de 2006 a 2012; bispo referencial da Conferência dos Religiosos do Brasil (BA/SE), de 2007 a 2011; secretário do regional Nordeste 3 (BA/SE), de 2007 a 2012; membro da Comissão Episcopal para a Cultura, Educação e Comunicação Social, de 2007 a 2011; diretor social da Fundação Dom Avelar, de 2006 a 2012; membro Titular do Conselho de Cultura do Estado da Bahia, de 2007 a 2012; membro titular do Instituto Feminino da Bahia, de 2004 a 2012; membro do Conselho Arquidiocesano de Bens Culturais e Arte Sacra, de 2007 a 2008; desde 2009 é membro do Repertório Internacional da Iconografia Mundial Titular do RIdIM/Brasil; desde 2012 é membro da Comissão para o Tratado Brasil-Santa Sé; e desde 2013 é o bispo referencial para a Pastoral da Educação e Cultura do regional Leste 1 da CNBB. Atualmente, foi eleito vice-presidente do regional Leste 1 da CNBB.
O bispo de Petrópolis possui ainda vários livros lançados, tais como: São Bento. Um Mestre para o Novo Tempo (1996); Para Rezar com os Anjos (1997); A Vida Monástica e o Terceiro Milênio (1998); “Homo Digitalis”. Pros y contra de uma Antropologia de La Técnica en El Umbral Del Nuevo Milênio (1998); Cem Fábulas de La Fontaine (2001); Como Ensinar o seu filho a Estudar (2001); Benedetto. L’Eredità Artística, publicado na Itália (2007); Benediktiner und Kunst in Brasilian. Kultur und Geschichte eines europäischen Erbes, publicado na Alemanha (2007); Terço dos Homens. Manual Completo e Explicativo (2007); Os Beneditinos e a Arte no Brasil (2007); O Livro de Jonas (2008); Dietário (1582-1815) do Mosteiro de São Bento da Bahia: Edição Diplomática (2009); O Mosteiro de São Bento da Bahia (2011).
Na 60ª Assembleia Geral da CNBB, de 18 a 28 de abril de 2023, foi eleito para presidir a Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação par ao quadriênio 2023-2027.