Hoje é o Dia Mundial do Enfermo, celebramos Nossa Senhora de Lourdes

Doente, pobre e humilde. Essas eram as características da jovem que teve a graça de receber a visita de Nossa Senhora na cidade de Lourdes, na França, no dia 11 de fevereiro de 1858. Por um período de cinco meses, a Virgem apareceu a Santa Bernadette. Mesmo desacreditada e desprezada por muitos, ela continuou fiel a Deus e soube honrar a mãe de Jesus. No local das aparições surgiu uma fonte de água considerada medicinal, que todos os anos atrai milhares de pessoas. Esse cuidado e predileção de Nossa Senhora pelos enfermos, fez São João Paulo II instituir o dia 11 de fevereiro como o Dia Mundial do Enfermo.

A celebração deste dia tem como finalidade sensibilizar a todos para a necessidade de assegurar a melhor assistência possível aos enfermos.

“Por ocasião do XXIII Dia Mundial do Doente, dirijo-me a todos vós que carregais o peso da doença, encontrando-vos de várias maneiras unidos à carne de Cristo sofredor, bem como a vós, profissionais e voluntários no campo da saúde”, escreveu o Papa Francisco, na mensagem deste ano para celebrar a data.

O texto convida a meditação da passagem bíblica:  “Eu era os olhos do cego e servia de pés para o coxo” (Jó 29, 15).

“Também hoje quantos cristãos dão testemunho não com as palavras, mas com a sua vida radicada numa fé genuína de ser “os olhos do cego” e “os pés para o coxo”! Pessoas que permanecem junto dos doentes que precisam de assistência contínua, de ajuda para se lavar, vestir e alimentar. Este serviço, especialmente quando se prolonga no tempo, pode tornar-se cansativo e pesado; é relativamente fácil servir alguns dias, mas torna-se difícil cuidar de uma pessoa durante meses ou até anos, inclusive quando ela já não é capaz de agradecer. E, no entanto, que grande caminho de santificação é este! Em tais momentos, pode-se contar de modo particular com a proximidade do Senhor, sendo também de especial apoio à missão da Igreja”, incentivou o Santo Padre.

Segundo Francisco, a “sabedoria do coração é estar com o irmão”.

“O tempo gasto junto do doente é um tempo santo. É louvor a Deus, que nos configura à imagem do seu Filho, que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão” (Mt 20, 28). Foi o próprio Jesus que o disse: “Eu estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22, 27). Com fé viva, peçamos ao Espírito Santo que nos conceda a graça de compreender o valor do acompanhamento, muitas vezes silencioso, que nos leva a dedicar tempo a estas irmãs e a estes irmãos que, graças à nossa proximidade e ao nosso afeto, se sentem mais amados e confortados.

Em sua mensagem, o Papa confiou o Dia Mundial do Doente à proteção materna de Nossa Senhora.

“Ó Maria, Sede da Sabedoria, intercedei como nossa Mãe por todos os doentes e quantos cuidam deles. Fazei que possamos, no serviço ao próximo sofredor e através da própria experiência do sofrimento, acolher e fazer crescer em nós a verdadeira sabedoria do coração”.